sou dessas pessoas que vivem cansadas. dessas pessoas com olheiras. faço mil coisas ao mesmo tempo e não me orgulho disso. vivo entre o sonho e o real e muitas vezes prefiro sonhar a viver. sou viciada em café e gasto meu pouco dinheiro com três coisas: livros, viagens e cerveja. muitas vezes sou desmedida. sei que deveria ser mais apolínea, e até sou. mas sempre transbordo pelas beiradas do meu corpo: poros, cabelos, lágrimas e sorrisos. desejar mudar em 2016 é como aquela piada que não se entende e ri. então eu rio. rio de mim mesma, sempre. rio sozinha ou acompanhada. enquanto os outros, bem.. continuam perguntando o sentido da piada.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
o que é o envelhecer senão o reconhecimento
do mundo?
de minha pele tatuada
pelos afetos
das palavras soltas
como os cabelos
teimosa, escrevo
para lembrar de quem sou
se minha face já muda
tanto
ao espelho
e se tudo passa
eu envelheço
nova
relembro
algo que continua vivo
imperecível ao tempo
das raízes às pedras
de minha cidade velha
de minha cidade velha
e pelas paisagens que carrego
ou outras que espero
busco, hesito
busco, hesito
mas não temo,
sou errante
em delírio
em delírio
sou,
poeta.
poeta.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
sábado, 5 de dezembro de 2015
Há pouco
quando me encontrei
estava ainda com os cabelos vermelhos
e pude me abraçar
demoradamente
sentindo tudo o que eu iria passar
como só eu,
íntima e compreensiva
mais velha e serena
pousasse as mãos em minha própria fronte
para acalentar os sonhos
medos
tão vivos
num corpo franzino de menina
querendo escapar todos
para fora
eu não te culpo mais
(...)
suas escolhas foram feitas por você
para você
e só.
https://www.youtube.com/watch?v=DLGAIDBS6Eg
domingo, 29 de novembro de 2015
esboço noturno I
os desejos pairam sob os dedos e posso tocá-los
enquanto à noite todos voam distantes como
cavalos indomáveis, livres na beleza
selvagem, bruta e imensa
selvagem, bruta e imensa
daqueles que sonham
e por isso:
vivem...
Sou Ofélia
sou Ofélia
a louca
desvairada
incompreendida
aquela que queima
sempre
em demasia
sou outra
e a mesma
de tantas
criaturas
filhas
de oxum e suas águas:
turvas
doces
misteriosas
sou Ofélia
a histérica
aquela
que não se cabe
nunca
e por isso se molha
nua
sou Ofélia
aquela que ama.
a louca
desvairada
incompreendida
aquela que queima
sempre
em demasia
sou outra
e a mesma
de tantas
criaturas
filhas
de oxum e suas águas:
turvas
doces
misteriosas
sou Ofélia
a histérica
aquela
que não se cabe
nunca
e por isso se molha
nua
sou Ofélia
aquela que ama.
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
a pele estrangeira
de minha alma
se descasca
a cada desabrochar
fora da primavera
quando me tornei
rosa alheia
rubra e misteriosa
tão indiferente aos espinhos
que me atravessam
inteira
chupo as gosta de sangue
expelidos pelas pontas dos dedos
de meu quase caule
num passado semente
deixado
por minhas digitais
já pálidas pela vida
as quais somente
se desfazem
em manchas
de um poema precoce
arrancado da terra
jorra vivo
bate na janela da alma
escapa
dos pulmões e costelas
crescendo forte
em meu peito.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
existem paisagens que moram no útero
da alma?
e se eu visse o seu interior
sempre
naquilo que é mais fundo
nascendo novamente
de sua alma eterna
grávida
de tantos desejos
no vermelho de teus fluidos
mergulhar
em suas águas
ou se apenas mastigasse
o gosto
de tuas flores, gramas
para depois,
calmamente
repousar
por em seus ossos
montanhas
e esquecer-me, então,
por lá
bem dentro
do teu corpo.
da alma?
e se eu visse o seu interior
sempre
naquilo que é mais fundo
nascendo novamente
de sua alma eterna
grávida
de tantos desejos
no vermelho de teus fluidos
mergulhar
em suas águas
ou se apenas mastigasse
o gosto
de tuas flores, gramas
para depois,
calmamente
repousar
por em seus ossos
montanhas
e esquecer-me, então,
por lá
bem dentro
do teu corpo.
terça-feira, 29 de setembro de 2015
poeta,
o que posso eu
senão, amar?
não há bens em meu nome,
não tenho livros escritos,
nem mesmo árvores por minhas mãos plantadas.
minha casa
é onde estou
e quando:
nos poemas escritos
sem destinatários
atravesso um dos caminhos
para entregar
quem sabe?
um leitor distraído
para bater em sua morada
na viagem interminável
que teimo em traçar:
de não ter para ser
de partir para estar
sempre
ao seu lado,
poeta.
Para Carlos Drummond de Andrade
o que posso eu
senão, amar?
não há bens em meu nome,
não tenho livros escritos,
nem mesmo árvores por minhas mãos plantadas.
minha casa
é onde estou
e quando:
nos poemas escritos
sem destinatários
atravesso um dos caminhos
para entregar
quem sabe?
um leitor distraído
para bater em sua morada
na viagem interminável
que teimo em traçar:
de não ter para ser
de partir para estar
sempre
ao seu lado,
poeta.
Para Carlos Drummond de Andrade
domingo, 20 de setembro de 2015
não tenho medo
é apenas a vertigem
que me atravessa a saia e a mente
girando
vejo o mundo por dentro
dos olhos fechados
na festa
embriagada por minha própria existência
gostaria de cerrar as pálpebras
e dormir
mas é quando tudo vive
no alto do noite
sem nome,
já não sou eu mesma
sonâmbula
danço comigo
e com a lua
cada qual, mais distante que a outra
tão juntas
enquanto se amam.
é apenas a vertigem
que me atravessa a saia e a mente
girando
vejo o mundo por dentro
dos olhos fechados
na festa
embriagada por minha própria existência
gostaria de cerrar as pálpebras
e dormir
mas é quando tudo vive
no alto do noite
sem nome,
já não sou eu mesma
sonâmbula
danço comigo
e com a lua
cada qual, mais distante que a outra
tão juntas
enquanto se amam.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
acordei
tocada pela nostalgia
de um sorriso bobo
que trazia comigo
ainda menina
quando a realidade
era apenas sonho
tempo outro
que teimo em lembrar
em dias desse
tão duros
cheios de poeira do passado
presente
sorrio apenas
para lembrar no corpo
o gosto
daquele tempo outro
para abraçar a menina
que fui
e dizer
a vida é besta,
segue menina
vá sozinha
toda inteira.
e numa amizade íntima
nos despedimos para seguir
ela, em teu passado
e eu, que na vida besta,
continuo seguindo
com meu sorriso bobo.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
sábado, 5 de setembro de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
domingo, 23 de agosto de 2015
Passo o café e amanheço torta
É Sábado. Amanhece crescida, como se os
órgãos tivessem dilatado dentro do corpo. Amanhece grande, torta e desconhecida
de si mesma. Ontem quando deitou pensou “preciso reunir meia dúzia de
palavras”, “preciso escrever ”, “qual é o tema?”. Tenta se reorganizar, passa diante
do espelho e se olha, tudo normal por fora. Mas, por dentro, por dentro é onde
todo o perigo mora. É por dentro que as portas se abrem em espirais de
vertigem. É por dentro que os abismos aparecem no escuro, enganando a visão
para te pregar peças. Por dentro, é jogo de caça. Gostaria de pegar uma lupa
com câmeras para examinar tudo: das amígdalas à diante, e retirar, quem sabe? As
tripas, o pâncreas, fígado, e o coração. Pesá-los numa balança. Órgão por
órgão. Colocar tudo em cima da mesa e observar as fissuras, as dilatações e as
cores. E apertá-los, diminuí-los em máquinas de compressão. Enxugar a água e
deixar secando na mesa. Tirar todo o peso, para só depois enfiar tudo de volta.
“É possível crescer aos trinta?”. Arrasta-se pesada até a cozinha põe a água do
café para ferver e pensa “preciso reunir meia dúzia de palavras, preciso me
concentrar”. Coloca a comida do gato e observa a
janela “lá fora a chuva anuncia o outono”. “Poderia começar assim o texto”.
Passa o café e observa a vapor dançando no espaço. Bebe o café amargo. Abre bem a janela para
deixar a claridade entrar. Precisa escrever, mas o incômodo da noite paira
sobre os dedos. Escreve “Lá fora a chuva anuncia o outono”. E de repente, a
caneta passeia por toda a folha virgem num automatismo surpreendente, discorre
em letras tudo que vagueia em teus pensamentos. As sombras e os desejos
ocultos, que agora, tornam-se claros e expostos à luz dia, resplandecidos. As
folhas de papel crescem, parece que são vivas, ramificando-se em letras. Folhas
e folhas, caules, e flores, da semente ao esplendor do fruto. Comeria de tão
maduro. Do pequeno ramo até o mais robusto galho, sua escrita árvore não é de
outono, mas sim de primavera. Sua escrita se manteve em semente na terra até
ganhar voz corporificada no papel. Poderia discorrer florestas imensas e
repousar em teu poema, enquanto um outro vinga silenciosamente do outro lado da
página. Poderia se lançar, pendurando-se de um galho até outro, dona de todo o
verde selvagem plantado por tuas mãos na terra virgem do papel. Poderia pegar a
terra e cheirá-la, e senti-la húmida e fria entre os dedos. Poderia cavar os
pés e também virar raiz. Crescer dessa forma não era pesado, era vivo. Crescer
em verde na escrita de tuas florestas habitadas pelas letras era com crescer em
árvore, da raiz até a copa, da terra até o sol, e ser alta: empoderada. Para adentrar
em sua mata, qualquer um deveria de ser convidado, pelo prazer da leitura. Do
gozo compartilhado. Em tua escrita abundante e serena, das folhas que
viravam-se naturalmente ao som de teu corpo, escrita, finalmente, por um ponto
final. “Final de que”? Pergunta. Se tudo inicia-se pelo meio? Relembra do acordar
do dia, já se passa das 3 da tarde. Ainda não comeu. Os órgãos, enfim,
diminuíram. Diagnóstico precoce de um estranhamento dissecado pela faca aguda
da escrita. Agora, tudo se torna mais leve e fluido. Subir nas árvores, lhe
deixou mais leve. A lupa câmera para enxergar os olhos, já não é mais
necessária. Tem a certeza de que a poesia lhe é uma espécie de chapa
radiográfica. Mas ainda precisa reunir meia dúzia de palavras.
domingo, 9 de agosto de 2015
porque já é agosto.
espalho os meus sonhos
todos
feitos sementes
para que que corram
com o vento do sul
balançando o meu vestido
e meu corpo trêmulo
aberto
para os caminhos do destino
soltos
mantenho o brilho
aguardando a primavera.
todos
feitos sementes
para que que corram
com o vento do sul
balançando o meu vestido
e meu corpo trêmulo
aberto
para os caminhos do destino
soltos
mantenho o brilho
aguardando a primavera.
sábado, 1 de agosto de 2015
sinto-me tão óbvia
que sou capaz de perder
tempo
com minhas chapas radiográficas:
cifose
lordose
é possível fazer do trauma
dos ossos
poesia?
(...)
https://www.youtube.com/watch?v=UReXSSe1abE
que sou capaz de perder
tempo
com minhas chapas radiográficas:
cifose
lordose
é possível fazer do trauma
dos ossos
poesia?
(...)
https://www.youtube.com/watch?v=UReXSSe1abE
segunda-feira, 27 de julho de 2015
há
algo em mim
que eu só conheço quando escrevo
que eu só conheço quando escrevo
indecifrável mulher
desconhecida de si mesma
desconhecida de si mesma
que és?
tomo a palavra em linhas
agulhas
numa cirurgia
costuro sedenta
incessantemente toda
minha poesia
de letras intermináveis
abertas
até encontrar o meu avesso
eu
que faço do verso
espelho
torno-me por fim
completa
(,,,)
agulhas
numa cirurgia
costuro sedenta
incessantemente toda
minha poesia
de letras intermináveis
abertas
até encontrar o meu avesso
eu
que faço do verso
espelho
torno-me por fim
completa
(,,,)
sábado, 25 de julho de 2015
delirar
como um poeta
num rasgo de cólera
derramar
palavras vertidas
sem censuras
entre os dentes
a boca
a pele
nua
tatuada
por desejos cegos
tocando o inefável medo
no escuro
navego e bebo
até a última gota
do gozo
espero
como quem atravessa o perigo
iminente
de um corpo.
https://www.youtube.com/watch?v=J-qoaioG2UA
terça-feira, 14 de julho de 2015
vi-me de repente morando numa ilha.
acordo com todo o azul do céu, que durante o dia varia pelas cores.
faço-me nas ruas envergonhada, mais sentimental do que nunca.
o vento daqui canta alto, sobretudo à noite.
às vezes, quase sempre, chove.
observo os pássaros e imagino se suas asas correm para perto do mar.
lembro-me que moro numa ilha.
penso no que é estar cercada pela imensidão das águas
sorrio,
como é bonito isso:
morar numa ilha.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
26
envelhecer
em minhas palavras
assim como no meu corpo
tão solto
voando com meus pés de menina
retorno
ao sete anos com a roupa suja
mastigando jabuticaba
cuspindo o caroço
do alto do pé
vejo o mundo direto das copas
e os lençóis esticados
no varal
reluzem os meus desenhos
de sonhos
num papel encardido
imaginava-me adulta,
tão boba.
https://www.youtube.com/watch?v=BlPNYWMA8Jc
em minhas palavras
assim como no meu corpo
tão solto
voando com meus pés de menina
retorno
ao sete anos com a roupa suja
mastigando jabuticaba
cuspindo o caroço
do alto do pé
vejo o mundo direto das copas
e os lençóis esticados
no varal
reluzem os meus desenhos
de sonhos
num papel encardido
imaginava-me adulta,
tão boba.
https://www.youtube.com/watch?v=BlPNYWMA8Jc
terça-feira, 30 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
da fome
Eu descobri que tem uma língua morando no meio do meu corpo. Serpente escamosa de fogo que queima desde a pele até os miolos. Devoro o mundo com a boca do estômago. Abro, mostro os dentes e mastigo. Faço escorrer o gosto pela saliva e engulo todo o mundo dentro de mim. Depois mostro a outra língua e sorrio. Está tudo bem. Sorrio fazendo a digestão de pequenos furacões furiosos. Mastigo pedaços de fome. Fecho os olhos. Abro os olhos, vejo a lua. Tudo gira. Agora é a vez de ser tragada, comida, virar sumo: é o mundo que também me mastiga. Nos comemos, nos beijamos em visões de órbitas desconhecidas. Acho que é festa, dançamos. Vou sumindo, flutuo. Abro os olhos de cima, lá do umbigo do mundo, minha serpente escamosa desliza, escorre súbita. Fecho os olhos. Fecho a boca. Absorvida. Escrevo. Escrever me é antropofagia.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
terça-feira, 9 de junho de 2015
segunda-feira, 1 de junho de 2015
sábado, 30 de maio de 2015
mirante
poderia escrever
em silêncio
enquanto que sozinha
cheia de minha presença
distraio-me
por teus pensamentos
soltos
tão leves
que me levam
em balões de hélio
assim distante
esqueço de dar fim ao poema
só vejo tudo de cima
avoada.
em silêncio
enquanto que sozinha
cheia de minha presença
distraio-me
por teus pensamentos
soltos
tão leves
que me levam
em balões de hélio
assim distante
esqueço de dar fim ao poema
só vejo tudo de cima
avoada.
domingo, 24 de maio de 2015
minha carne de poeta
em papel desfolha
exposta
sente
a tinta
em teu movimento
errante
como quem parte
sem destino
escrevo
pelas letras
o meu desatino
distante
numa miragem se despede
o ontem
me parece tão incerto
e nu
pelas páginas
atravessadas
já não o vejo
dispersa
de meu passado
não reconheço a memória
que me vem branca
como leite
é por isso que nas linhas
descrevo
e invento
as minhas histórias
tortas
sem fins
se dão apenas
pelo meio.
khttps://www.youtube.com/watch?v=-mHAuOibP-k
em papel desfolha
exposta
sente
a tinta
em teu movimento
errante
como quem parte
sem destino
escrevo
pelas letras
o meu desatino
distante
numa miragem se despede
o ontem
me parece tão incerto
e nu
pelas páginas
atravessadas
já não o vejo
dispersa
de meu passado
não reconheço a memória
que me vem branca
como leite
é por isso que nas linhas
descrevo
e invento
as minhas histórias
tortas
sem fins
se dão apenas
pelo meio.
khttps://www.youtube.com/watch?v=-mHAuOibP-k
terça-feira, 5 de maio de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
quarta-feira, 4 de março de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
sábado, 21 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
essa poesia que encontrei
na rua
solta na calçada
presa
no ralo
essa poesia que peguei
tão frágil
que chamei de minha
pequena e bela
letra
lagarta que esconde
o voo
essa poesia tola e despercebida
cinza e rala
essa poesia que, agora, seguro
toda
em meus corpo
essa poesia
morna
é a beleza de um vestido
que visto
nessa noite.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
rede
e se pela noite
eu despejasse desejos
madrugada dentro
tecendo-os
nas estrelas
assistidas por meus olhos
e se meus braços
tocassem o inefável
cheiro
da palavra nua
abraçaria a sombra
mas também a luz
da lua
refletida em tuas pupilas
faria assim uma rede de sonhos
para nosso cochilo.
eu despejasse desejos
madrugada dentro
tecendo-os
nas estrelas
assistidas por meus olhos
e se meus braços
tocassem o inefável
cheiro
da palavra nua
abraçaria a sombra
mas também a luz
da lua
refletida em tuas pupilas
faria assim uma rede de sonhos
para nosso cochilo.
domingo, 25 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
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