sábado, 25 de julho de 2015


delirar
como um poeta
num rasgo de cólera
derramar 
palavras vertidas
sem censuras 
entre os dentes
a boca
a pele
nua
tatuada 
por desejos cegos
tocando o inefável medo
no escuro
navego e bebo
até a última gota
do gozo
espero
como quem atravessa o perigo
iminente 
de um corpo.






















https://www.youtube.com/watch?v=J-qoaioG2UA

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