terça-feira, 10 de novembro de 2009

Estrondo

Talvez, eles ainda possam.
Se a música que regia o encontro dos olhos
voltar a tocar.
A conversa vai se guiar
pelo álcool,
que vai proliferar risadas macias.
O éter irá embriagar
a voz,
a pulsão da batida respiratória e a lentidão do correr do sangue.
Dançarão barulhos indecifráveis, farão vermelhos em gritos.
Escutarão o revirar dos órgãos em notas de violino, a melodia da saliva ácida em flauta doce
e depois,
a música vai se calar,
para se fazer escutar
o silêncio da separação.

(...)

domingo, 1 de novembro de 2009

Encharcou as letras até elas se diluírem sob os olhos, para que fosse assistida em silêncio uma melodia molhada pela cólera. Era um furor bonito, que foi até possível deslizar o dedo sob as palavras malditas.