segunda-feira, 27 de julho de 2015

há algo em mim
que eu só conheço quando escrevo
indecifrável mulher
desconhecida de si mesma
que és?
tomo a palavra em linhas
agulhas
numa cirurgia 
costuro sedenta
incessantemente toda
 minha poesia
de letras intermináveis
abertas
até encontrar o meu avesso
eu
que faço do verso
espelho
torno-me por fim 
completa

(,,,)



quando escrevo.











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