domingo, 24 de maio de 2015

minha carne de poeta
em papel desfolha
exposta
sente
a tinta
em teu movimento
errante
como quem parte
sem destino
escrevo
pelas letras
o meu desatino
distante
numa miragem se despede
o ontem
me parece tão incerto
e nu
pelas páginas
atravessadas
já não o vejo
dispersa
de meu passado
não reconheço a memória
que me vem branca
como leite
é por isso que nas linhas
descrevo
e invento
as minhas histórias
tortas
sem fins
se dão apenas
pelo meio.

khttps://www.youtube.com/watch?v=-mHAuOibP-k

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