terça-feira, 28 de outubro de 2014

recolho-me às palavras
vivo
todos os meus ciclos
abertos em espirais
concretos no espaço
tempo
de todo o meu corpo
e letra
que tornam-se
quentes
juntos
todo o desejo
da alma
dos sonhos mais selvagens
que trago soltos
voando fora
cavalos ao vento
na estrada
longa
que percorrem
leves
quase ausentes
fantasmas
em passos de poeira
e eu
pasma
trêmula
distantemente


observo pelo lado de fora
o furacão intenso
que vivo
dentro.


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