terça-feira, 2 de setembro de 2014

Do cotidiano ao verso



entregue à distância
e a sua medida
demora a presença
o espaço longo
da memória
no papel escrita
os passos ausentes
ou no café
daquele que aguarda
e esfria
enquanto a tarde
paira azul
em seus cantos de silêncio:

...
o meu tempo
incerto e vago
por interferências
não lamenta mais os atrasos
momento que rasgo
no relógio
com paisagens rotineiras
reticências abertas
para qualquer epifania.

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