há muito mais azul
que escuridão
nas calmarias
de fins de noites
cheias de outono
cujo pássaro solto em meu peito
baixo voa
sob todos os pensamentos,
descobrindo-os
com o seu bico
piando
os segredos
espia aquilo
que por dentro
me reverbera
inteira
pássaro negro
em teu canto
sorrateiro
observa
em tuas doces plumas
meus devaneios
como tuas presas
abocanhe
e depois de satisfeito
parta
para libertar
o que estava preso
vomitando por tuas asas
em chamas
as minhocas de fogo
perdidas em minha cabeça.
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