A dor se aconchegou em sua coluna. Instalara-se gentilmente por entre suas vértebras colorindo os ossos com luzes delicadas. Sentia-se distraída quando a corcunda pesava no lombo claro, fazendo o monte de dor maior que seus sonhos. Era um cupinzeiro entupido de lágrimas guardadas e lamentos sussurrados.
Enquanto os dias passavam ele percebia a elevação se encher cada vez mais, crescendo e se dilatando. No mar as ondas quebravam nas finas costas e a dor escapava num sorriso pálido e bonito. Ela já estava acostumada com a casca, era feliz com proteção da dor.
Que seria da humanidade sem a casca?
ResponderExcluirAcho q as vezes é bom pegar um prego e fazer uns furos nessa casca.
ResponderExcluirCaceta, quase 1 hora pra eu pensar no que comentar, e no final, a única coisa que eu consigo escrever é essa desgraça!! rááá
"és tão grave!"
ResponderExcluirAcho que, no fundo, conheço mais cascas que pessoas... Doce ilusão imaginar quão fundo pode-se conhecer uma pessoa.
ResponderExcluirAs vezes é preciso se libertar dessa cascaa q nos prende...
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