bebo litros de café
em meio às letras escritas e borradas
confundo o gosto do texto com as bordas de minha xícara
amacio com os dedos os borrões turvos de um amarelo amanhecido,
como o dia cinza
que nebulosamente se abre em chuva
por trás de minha janela de cortinas fechadas e abertas para poesias
bebo litros de café
enquanto sinto as mãos suaves do inverno sobre minha boca
esmaecida.
...
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