há muito mais azul
que escuridão
nas calmarias
de fins de noites
cheias de outono
cujo pássaro solto em meu peito
baixo voa
sob todos os pensamentos,
descobrindo-os
com o seu bico
piando
os segredos
espia aquilo
que por dentro
me reverbera
inteira
pássaro negro
em teu canto
sorrateiro
observa
em tuas doces plumas
meus devaneios
como tuas presas
abocanhe
e depois de satisfeito
parta
para libertar
o que estava preso
vomitando por tuas asas
em chamas
as minhocas de fogo
perdidas em minha cabeça.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
quarta-feira, 9 de abril de 2014
suspensão
à deriva
vejo os meus sonhos
todos desvirados
como roupas
penduro-os em varais
suspensos
e longínquos
impalpáveis.
respiro
cedo
estendo as mãos
ao relento
cheiros
e gostos
como se pudesse
alcançá-los.
mas apenas miro
distraio-me
vendo-os ali
postos na alta madrugada
aguardo,
sentindo-os perto
e eles em estrelas
pendurados
sento-me
preparando o salto
impulso
para caminhar até as lonjuras
da madrugada.
vejo os meus sonhos
todos desvirados
como roupas
penduro-os em varais
suspensos
e longínquos
impalpáveis.
respiro
cedo
estendo as mãos
ao relento
cheiros
e gostos
como se pudesse
alcançá-los.
mas apenas miro
distraio-me
vendo-os ali
postos na alta madrugada
aguardo,
sentindo-os perto
e eles em estrelas
pendurados
sento-me
preparando o salto
impulso
para caminhar até as lonjuras
da madrugada.
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