escrita pela pele
de paisagens marcadas
por trajetos
que em mim são tatuados
tinta cravada
é a memória que carrego
o meu fardo
não nego,
não mais,
pois me entrego
aos braços
de estranhos lugares
que me atravessam
por ora, como lares
mas escuto a língua que não entendo
a mudez do tocar
estrangeira de meu lar
seria eu, então,
sombra nômade?
carcaça errante?
surda
ou sem lugar?
e pela agulha se faz
o traço
que em toda minha pele,
face
se revela
a marca
o meu código
minha tinta de poeta
Que lindo, é de uma pureza, traço marcado feito à mão, e nessa condição que se segue, icognita, faz revelar a flor, que encanta e faz cantar, corações alheios, sem música ou acordes...
ResponderExcluirMirela, vc me faz muito bem!
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluirei, obrigada! seja sempre bem-vindo ou bem-vinda!
ResponderExcluirEngraçado que pensei em comentar citando uma frase que justamente um dia fiz questão de tatuar em mim: "e por não ter nome só a mudez pronuncia".
ResponderExcluirUm beijo.