terça-feira, 27 de julho de 2010

E no ir e vir
do caos
de existir
vou perdendo
ganhando
um pouco de mim

Numa escolha
deixo um braço
Em folhas
me despedaço
na terra de onde vim

E se estou pela metade
é porque ser inteira
já não me cabe
pois a faca que me reparte
divide-me assim:

Sou adubo
pedaço
E em tudo
por onde passo
deixo plantado
o que resta
de mim

5 comentários:

  1. "Numa escolha deixo um braço" Com toda a certeza...

    ResponderExcluir
  2. Maravilhosa a poesia, Mirela. Sinto que você caminha para uma vida poeticamente ainda mais madura, enquanto eu só me atraso nas mesmices da vida.

    Abraço!

    ResponderExcluir
  3. Nossa que linda essa poesia Mih, realmente a cada dia que passa você é capaz de me surpreender =D

    ResponderExcluir