terça-feira, 9 de dezembro de 2014

escreverei
até quando secarem
as letras
ou a tinta da caneta
e todo o resto de mim
serei o torso
do papel em branco
aberto ao outro
que o lê
de forma mais límpida
e clara
a poesia de minha língua
ardente
em fogo
derramada
sem pudor
em teu corpo
também
em chamas
e deixar queimar
até voltar
as cinzas
soltas na terra
para então
florescer
em palavras.

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