falta que tenho de mim
desatinada
os cabelos sempre ao vento
madrugadas de boemia e boemia
todos os amores
sempre tantos
em tanta demasia
misturados
sofridos
mastigados
em histórias recortadas
presas em meus vestidos
falta que tenho
daquele sopro de leveza
ar que me carregava
doce fortaleza
que, mesmo quando me traía
e me derrubava
com o mesmo sopro de força
me erguia
me lançava
procuro por ti ainda
leveza sombria
de minha morada
metade de mim
sou eu
desvairada
Ela desatinou - Chico Buarque
E a outra metade?
ResponderExcluir