quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

escrita pela pele
de paisagens marcadas
por trajetos
que em mim são tatuados
tinta cravada
é a memória que carrego
o meu fardo
não nego,
não mais,
pois me entrego
aos braços
de estranhos lugares
que me atravessam
por ora, como lares
mas escuto a língua que não entendo
a mudez do tocar
estrangeira de meu lar
seria eu, então,
sombra nômade?
carcaça errante?
surda
ou sem lugar?
e pela agulha se faz
o traço
que em toda minha pele,
face
se revela
a marca
o meu código
minha tinta de poeta