Não basta disfarçar a fome
ou prender os cabelos
tapar a mancha com os dedos.
Não há como fugir de seu nome.
A fome não se cala
as unhas crescem embaixo da terra.
Assim como a ferida dilata
e inflama a cada primavera.
É o seu próprio senhor e escravo.
Sua trajetória é seu sangue.
Sua pele é seu mapa.
De um corpo-caminho
e solitário.
A aceitação é um desafio. Quando achamos que nos aceitamos por inteiro, surgem questionamentos que derrubam o castelo de baralho. Quando achamos que o castelo não se ergue mais, olhamos em volta e vemos cartas de sobra pra castelo e muralha.
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