Talvez, eles ainda possam.
Se a música que regia o encontro dos olhos
voltar a tocar.
A conversa vai se guiar
pelo álcool,
que vai proliferar risadas macias.
O éter irá embriagar
a voz,
a pulsão da batida respiratória e a lentidão do correr do sangue.
Dançarão barulhos indecifráveis, farão vermelhos em gritos.
Escutarão o revirar dos órgãos em notas de violino, a melodia da saliva ácida em flauta doce
e depois,
a música vai se calar,
para se fazer escutar
o silêncio da separação.
(...)
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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