sábado, 27 de janeiro de 2018
quem sou eu quando não escrevo poemas?
habito um longo hiato
residindo nele para escrever sobre burocracias,
academia
lista de compras,
para onde vai a minha poesia
quando não a escrevo?
imagino-a saindo por aí,
sozinha
enquanto, aqui, só imagino seu passeio
que roda na mãos de outros poetas
sim, me desculpo pela falta de tempo
ou cuidado
mas vá, voe sempre
volte quando quiser
para fazer de mim
sua casa.
assim como uma janela
também tenho minhas frechas de luz
memória
que abro a cada dia, sol, vento
para dançar com poeira da rotina que insiste em bater em meu cansaço
que eu danço
quando meu corpo enverga como um ganho
faço de tudo música
para desconversar as insatisfações com o mundo
tão irremediável
imparável
faz de mim uma retardatária sempre correndo atrás
inalcançável tempo
não te faço de inimigo
uso-te como o tempo das plantas
que rego dia sim, dia não dependendo da umidade
é que ta chegando o verão e eu coloco vestidos
e já não confundo mais o cansaço com a falta de tempo
porque dele faço dança
e meus pés flutuam nas nuvens
que vejo de meu apartamento
pisando suave aos das buzinas, daqueles que querem falar mais alto
vencer
ir de além ti tempo
na verdade, gostaria de pensar em quem está em outro lado
buscando na rotina fugas diárias
encontrando o amor no ponto de ônibus
nos encontros imprevistos que a vida nos proporciona
subvertendo delicadamente com poesia a sujeira do mundo
optando por sorrisos, afagos e café quente
para aqueles que esperam, assim como eu, a melhora do tempo
dos dias, da rotina, e dos noticiários,
que dançam quando se sentem cansados e encontram o amor
na paisagem do inesperado.
é porque todos amam, de um jeito ou de outro, só se esquecem,
ou não sabem.
também tenho minhas frechas de luz
memória
que abro a cada dia, sol, vento
para dançar com poeira da rotina que insiste em bater em meu cansaço
que eu danço
quando meu corpo enverga como um ganho
faço de tudo música
para desconversar as insatisfações com o mundo
tão irremediável
imparável
faz de mim uma retardatária sempre correndo atrás
inalcançável tempo
não te faço de inimigo
uso-te como o tempo das plantas
que rego dia sim, dia não dependendo da umidade
é que ta chegando o verão e eu coloco vestidos
e já não confundo mais o cansaço com a falta de tempo
porque dele faço dança
e meus pés flutuam nas nuvens
que vejo de meu apartamento
pisando suave aos das buzinas, daqueles que querem falar mais alto
vencer
ir de além ti tempo
na verdade, gostaria de pensar em quem está em outro lado
buscando na rotina fugas diárias
encontrando o amor no ponto de ônibus
nos encontros imprevistos que a vida nos proporciona
subvertendo delicadamente com poesia a sujeira do mundo
optando por sorrisos, afagos e café quente
para aqueles que esperam, assim como eu, a melhora do tempo
dos dias, da rotina, e dos noticiários,
que dançam quando se sentem cansados e encontram o amor
na paisagem do inesperado.
é porque todos amam, de um jeito ou de outro, só se esquecem,
ou não sabem.
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