sexta-feira, 15 de abril de 2016

essa saudade que tem cheiro
gosto e nome
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passeia na minha língua.

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                                       essa vontade.........................................................................................













transcrevo  nosso suor num papel
para que outros leiam
aquilo que só nós
quando a sós
falamos em
poema.



estudos sobre o vento e a cor




procuro muito de minha face
onde já não me reconheço
no verde e no azul
do tempo
nu
.




junto minha pele à paisagem. 



quarta-feira, 13 de abril de 2016

hoje
com cheiro de terra e raiz
arranhando minhas pernas,
caminho
lembrando do tempo
em que fui árvore.









em tempos assim, de doença generalizada
só o afeto cura. 

sexta-feira, 8 de abril de 2016



























A cada dia mais velha
com linhas e marcas,
mais menina.
Reaprendendo a ser mais leve, até virar pipa e voar.
Ir embora 
e viver
sem endereços.
Não patriarcado, você não me rastreia.
Não mais, to indo embora.
Virando criança de novo até voltar pra barriga.
E nascer de novo, sempre.
A cada dia. 









quinta-feira, 7 de abril de 2016






olha-me bem
agora
pois perco o meu nome 
a cada encontro
e volto 
em tempo de espera
olha-me bem 
por ora
pois amanhã serei outra
distante e serena
perto 
das páginas apenas
que em nosso colo
se fazem poema
olha-me bem
hoje
e sem pressa
pois amanhã estarei com as letras
porque perco o meu nome
para ser poeta.
olha-me bem
e aqui esteja
para poder reconhecer-me em ti
quanto tiver perdido em seus braços
o meu nome.