uma mulher que escreve
dilata pelos poros
e não se cabe
se doa
compartilha
se reparte
se vicia
no gosto
da letra
que escorre
nas vísceras.
vira um nó
de pele
e escrita.
uma mulher que escreve
sempre peca
em demasia
porque uma mulher que escreve
apenas cumpre
sua sina
de viver
pela poesia.