Presa aos meus vícios,
à minha escrita
a essa cidade
sem vida.
Hoje eu grito prosa,
não é poesia.
Aos meus autores,
meus discos,
provocadores
de minha ferida.
Não vês como sou escrava
de minha própria via?
Está aqui presente:
minha carne,
que denuncia
toda fraqueza
que em mim
habita.
Portanto fogo imanente
Embala-me em teu canto.
Queima-me,
para que eu volte pelas cinzas,
num estado puro de semente:
Devora-me
cria-me,
faça meu rascunho novamente.